As mudanças no estilo de vida que incluem dieta, atividade física e cuidados com a saúde mental, têm sido recomendadas como tratamento de primeira linha para a SOP em todas as fases, com a adequação dos hábitos alimentares com ajustes na dieta, desempenhando um importante papel no tratamento de pacientes com a síndrome dos ovários policísticos (MEI et al., 2022).
Como forma de contribuir para a melhora de diversos sintomas clínicos, uma redução de 5 a 10 % do peso corporal é indicado (SILVA et al., 2022), diminuindo os níveis de andrógenos no sangue, melhorando a função ovariana, controlando melhor a insulina tanto em mulheres com sobrepeso como naquelas com peso adequado (LUZ; BUCCHIANICO, 2022), além do hiperandrogenismo e anovulação que é frequente nas portadoras da SOP (COUTINHO; XAVIER; SALOMON, 2022).
Em alguns estudos que avaliam intervenções dietéticas, comparando dietas diferentes para analisar os efeitos sobre perda de peso, fertilidade e mais bem estar em mulheres com SOP, recomenda-se que para aquelas com excesso de peso, um déficit de 500 a 750 kcal/dia (1200 a 1.500 kcal/dia), podem ser prescritos, avaliando individualmente cada paciente, bem como, sua prática de atividade física e gostos alimentares (ASSUNÇÃO; CARVALHO, 2021).
Ainda sobre a dieta para a síndrome dos ovários policísticos, esta deve ser composta por 45-55 % VET de carboidratos com baixo índice glicêmico, ricos em fibras e integrais, 20 % do VET para as proteínas, pois melhoram a saciedade e a sensibilidade à insulina, evitando carnes gordurosas, mantendo até 30 % do VET para gorduras saturadas, não passando de 7 % nos casos com alterações bioquímicas. Além disso, recomenda-se o consumo de cinco porções de frutas e hortaliças que são excelentes fontes de fibras e vitaminas (LIMA; PINTO; CORREIA, 2022).
Dieta hiperproteica para perda de peso
Uma das estratégias nutricionais indicadas no tratamento da SOP é a dieta hiperproteica que caracteriza-se pela diminuição dos carboidratos e aumento na ingestão de proteínas. Este padrão está relacionado a melhora muscular auxiliando na redução da gordura corporal, além de contribuir na melhora significativa no metabolismo da glicose, na resposta das células b-pancreáticas e consequentemente nos níveis de insulina e glicose que estão relacionados com a produção de andrógenos (LUZ; BUCCHIANICO, 2022).
As dietas hiperproteicas com baixo teor de carboidratos, além de contribuir na redução de concentração de insulina em mulheres com diagnóstico de SOP, também auxiliam na diminuição de peso, pois proporcionam mais saciedade quando comparadas aos carboidratos e lipídios da dieta (SANTOS et al., 2019).
Em um estudo conduzido por Sorensen et al., (2012), durante 6 meses com 57 mulheres portadoras de SOP, buscou comparar os efeitos de uma dieta rica em proteínas (HP) com mais de 40 % de energia proveniente de proteínas com uma dieta (SP) com menos de 15 % de energia proveniente de proteínas, sem foco em redução energética. Na dieta (HP) menos de 30% eram provenientes de carboidratos, ao contrário da dieta (SP) onde mais de 55% dos alimentos eram carboidratos. Além disso, o objetivo foi trocar açúcar e amido por vegetais, incluir frutas e mais proteínas, priorizando carnes magras, ovos e peixes. Como resultados, o estudo mostrou que a dieta HP (hiperproteica) trouxe melhoras significativas como a redução na circunferência da cintura e maiores reduções nos níveis de glicose. Por outro lado, os níveis de testosterona foram mais baixos nas pacientes com a dieta SP (baixa em proteínas). O estudo destaca que substituir carboidratos refinados por proteínas melhora a perda de peso e o metabolismo da glicose, oferecendo um melhor tratamento para as mulheres com SOP.
Além disso, as dietas hiperproteicas podem trazer benefícios como a redução de peso e de marcadores de risco cardiovascular em mulheres com SOP, sendo mais efetivas que as dietas normoproteicas (COUTINHO; XAVIER; SALOMON, 2022).
A dieta lowcarb melhora a resistência à insulina
Por outro lado, um estudo feito por Zhang et al., (2019), avaliou 327 pacientes onde foi observado que a dieta low carb diminuiu consideravelmente o IMC, HOMA-IR, CT e LDL-C. Além disso, a low carb com duração maior do que quatro semanas teve um maior efeito aumentando os níveis de FSH e SHBG com diminuição dos níveis de testosterona.
Nesta mesma pesquisa de Zhang et al., (2019), alguns estudos mostraram que a dieta low carb composta por menor quantidade de gordura < 35 % e CHO < 45 %, teve efeito mais significativo nos níveis de FSH e SHBG, do que aquela low carb com alto teor de gordura e baixo teor de CHO (gordura > 35 % e CHO < 45 %). Este estudo concluiu que a dieta low carb principalmente no longo prazo e com menores concentrações de gorduras e carboidratos são indicadas para a redução de IMC e no tratamento da SOP com resistência à insulina, auxiliando na diminuição dos níveis de LDL, aumento dos níveis de FSH e SHBG, e diminuição da testosterona. O controle adequado do consumo de carboidratos mostrou trazer benefícios nos aspectos da SOP melhorando os sintomas clínicos nestas pacientes.

Sendo assim, o consumo excessivo de carboidratos refinados e açúcares pode ter efeitos pró-inflamatórios, onde o uso constante destes alimentos com alto índice glicêmico pode contribuir com o aumento dos níveis de glicose e insulina no sangue, que elevados podem desencadear uma resposta inflamatória. Optar por alimentos de baixo índice glicêmico demonstrou reduzir os níveis pós-prandiais de glicose e insulina, além de diminuir moderadamente os níveis do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF), e de forma efetiva os processos inflamatórios e de adipocinas (proteínas inflamatórias produzidas pelo tecido adiposo) (MAHAN; STUMP; RAYMOND, 2018).
Outros efeitos de uma alimentação rica em carboidratos refinados e pobre em nutrientes, são uma produção excessiva de hormônios andrógenos e LH além de diminuir a secreção de FSH, onde os andrógenos serão convertidos em estrógenos resultando na maturação incompleta dos folículos que é um dos sinais na SOP (LUZ; BUCCHIANICO, 2022).
Alimentos com baixo índice glicêmico
No estudo realizado por Shishehgar et al., (2019), com 62 mulheres onde 28 possuíam diagnóstico de SOP e 34 não tinham a doença, foram analisados os efeitos de uma dieta com baixa ingestão calórica e índice glicêmico em ambos os perfis. Sendo assim, como resultado o estudo constatou que a dieta com restrição calórica induz uma redução positiva no peso e na melhora da resistência à insulina tanto nas mulheres com ou sem a SOP, trazendo benefícios nas questões endócrinas e clínicas. Mas por outro lado, os níveis de testosterona reduziram significativamente nas mulheres portadoras de SOP, com aumento do SHBG, melhora de 80% da irregularidade menstrual e diminuição significativa de acne. Este estudo sugere que a dieta tem eficácia na melhoria da resistência à insulina, hiperandrogenismo, hirsutismo, acne, irregularidades menstruais, sendo uma escolha dietética ideal para mulheres com SOP além de trazer benefícios nas variáveis antropométricas e metabólicas de mulheres com excesso de peso com e sem SOP.
Em seu artigo de revisão, Madnani et al., (2013), buscaram entender as funções endócrinas envolvidas na SOP, alertando que para a melhora da sensibilidade à insulina em mulheres com obesidade, a estratégia padrão ouro seria a perda de peso, aliada a dieta hipocalórica e exercícios, sendo o primeiro tratamento mais indicado também em mulheres com infertilidade causadas pela SOP.
Alguns estudos sugerem que o tipo de carboidrato é importante, pois dietas com baixo índice glicêmico vão auxiliar na melhora de quadros de resistência à insulina, reduzindo a glicose, por aumentar a saciedade. Um exemplo disso, são as dietas ricas em fibras como a DASH que trazem benefícios relacionados a menores resultados de HOMA-IR e o índice de insulina (SHANG et al., 2020).
Na revisão sistemática e meta-análise realizada por Kazemi et al., (2021), foram analisadas diversas evidências sobre os impactos do índice glicêmico (IG) da dieta nos perfis cardiometabólicos e reprodutivos em 403 mulheres com SOP. Este estudo comparou dietas com alto índice e baixo índice glicêmico, mostrando que esta última contribui para redução do HOMA-IR e insulina em jejum, diminuição do colesterol total, LDL e triglicerídeos, diminuição da CC e melhora o hiperandrogenismo com a redução da testosterona. Porém, não tiveram efeitos maiores do que as dietas de alto índice glicêmico em relação a glicemia em jejum, HDL e peso corporal, sendo necessários estudos futuros para melhor análise. Por fim, evidenciam que a dieta com baixo índice glicêmico está associada a melhora nos perfis cardiometabólicos e reprodutivos em mulheres com a SOP.
Como forma de evidenciar isso, uma revisão sistemática feita por Shang et al., (2020), procurou avaliar se dietas poderiam contribuir com a redução da resistência à insulina em mulheres com SOP. Como resultados, foram analisados 19 ensaios com 1.193 participantes, onde mostrou que mudanças na dieta estavam relacionadas de forma significativa a melhoras na resistência à insulina e na composição corporal (peso e circunferência da cintura) nestas pacientes com SOP.
A Dieta DASH auxilia no controle da glicemia
Outro ponto importante deste estudo, está relacionado a dieta DASH e dietas com restrição calórica que são sugeridas para também reduzir a resistência à insulina e melhorar a composição corporal, tendo seus efeitos aumentados de acordo com a duração do tratamento. A dieta também foi comparada com o uso da metformina, sendo mais vantajosa na perda de peso, reduzindo o IMC e com mesmos efeitos de regulação da insulina. O estudo sugere que as dietas são eficazes e seguras para o tratamento da resistência à insulina. A dieta DASH é composta por frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gorduras, sendo pobres em grãos refinados e doces, o que auxilia na melhora da sensibilidade à insulina e no controle da glicemia (SHANG et al., 2020).
Assim, uma das estratégias para reduzir a resistência à insulina em mulheres com SOP é o melhor controle glicêmico, sendo que, o consumo excessivo de carboidratos refinados contribui para o aumento na inflamação crônica e dos níveis de glicemia que consequentemente leva ao aumento da RI e de citocinas inflamatórias. Portanto, um melhor controle dos carboidratos na dieta trará benefícios como a melhora da glicemia, perfis lipídicos, regulação dos ciclos menstruais e marcadores inflamatórios, sendo importante uma dieta com baixo índice glicêmico, baixa carga glicêmica e anti-inflamatória (XAVIER; FREITAS, 2021).
Um recente estudo realizado por Saadati et al., (2021), buscou avaliar os efeitos que a dieta com baixo índice glicêmico poderiam trazer, medindo parâmetros antropométricos, sinais clínicos e bioquímicos nas mulheres com SOP. O estudo avaliou 412 mulheres com obesidade ou sobrepeso, mostrando que este padrão de dieta reduz o risco da doença, diminuindo a circunferência da cintura e gordura corporal, além de uma redução significativa no colesterol total, LDL e triglicerídeos, bem como, nos níveis de testosterona, LH e FSH.
Os benefícios ao reduzir carboidratos refinados
Gower et al., (2013), buscaram avaliar também quais os efeitos metabólicos que uma dieta com redução de carboidratos poderia causar em mulheres portadoras de SOP, sendo avaliadas 30 mulheres por 8 semanas, onde houve a oferta inicialmente por 4 semanas de uma dieta padrão composta por 55% de carboidratos, 18% de proteína e 27% de gordura, e passado este período, foi ofertada uma nova dieta com baixo teor de carboidratos, composta agora por 41% de carboidratos, 19% de proteína e 40% gorduras. Como resultado, o estudo constatou que a dieta com baixo teor de carboidratos reduziu de forma relevante a resposta basal das células beta pancreáticas, insulina em jejum, glicemia, HOMA-IR, testosterona total e colesterol, aumentando a sensibilidade à insulina. Já a dieta padrão mostrou diminuição do HDL e aumento do colesterol, concluindo que uma redução mesmo que modesta de carboidratos na dieta pode trazer vários benefícios no perfil metabólico, além de reduzir a testosterona no sangue e reduzir a insulina circulante através da dieta que é um tratamento não farmacológico indicado para mulheres com SOP.
As dietas com a redução de carboidratos têm sido associadas a uma melhora de fatores de risco cardiovasculares, pois resultam também em uma diminuição significativa do peso, trazendo mais saciedade devido ao aumento do aporte de proteínas em comparação com os outros macronutrientes (GONÇALVES; PEREIRA; FERREIRA, 2021).
Dietas que contenham alimentos com baixa carga glicêmica e adequado aporte de fibras vão contribuir para a qualidade de vida das mulheres portadoras de SOP melhorando o metabolismo da glicose e o perfil lipídico ajudando a regular os ciclos menstruais (MEDEIROS et al., 2020).
De acordo com Coutinho, Xavier e Salomon (2022), diversos estudos já demonstraram os benefícios ocasionados por dietas com baixa carga glicêmica (CG) ou índice glicêmico (IG), principalmente na redução da resistência à insulina e glicose pós-prandial, além de diminuição de massa corporal e riscos metabólicos.
Fibras na dieta reduzem os níveis de glicose no sangue
A inclusão de fibras na dieta é uma das estratégias recomendadas para reduzir o IG e CG, visto que, principalmente as fibras solúveis causam maior impacto para reduzir os níveis de glicose, pois impactam a digestão e absorção dos nutrientes aumentando a viscosidade do bolo alimentar, regulando a glicemia pós prandial (XAVIER; FREITAS, 2021). Além disso, a ingestão de fibras insolúveis também tem efeitos benéficos na SOP, pois melhoram a sensibilidade à insulina (MAZUR et al., 2021).
No estudo de coorte observacional feito com 137 mulheres por Cutler, Pride e Cheung (2019), constatou-se que características da dieta como o baixo teor de fibras, de magnésio, da vitamina A e a alta carga glicêmica, podem contribuir para a obesidade e a resistência à insulina. Onde o baixo consumo de fibras contribui para a hiperandrogenia, sugerindo que são necessários novos estudos clínicos para avaliar os benefícios das dietas com alto teor de fibras tanto na melhora da tolerância à glicose como no tratamento de problemas metabólicos em mulheres com SOP.
Ainda sobre uma dieta rica em fibras, ela vai auxiliar na redução dos níveis de estrogênio nas mulheres pós menopausa, e de forma inversa uma dieta pobre em fibras eleva as concentrações de estrogênio e androgênio no sangue (SANTOS et al., 2019), devido a liberação maior de insulina (LUZ; BUCCHIANICO, 2022).
As estratégias alimentares que consideram uma alimentação com redução do IG e da CG, somadas a inclusão de fibras, são as dietas Low carb, Cetogênica e Mediterrânea, que possuem um poder anti-inflamatório, podendo ser recomendadas a pacientes com SOP de acordo com o nível de resistência à insulina (XAVIER; FREITAS, 2021).
Dieta mediterrânea no tratamento da SOP
Barrea et al., (2019), sugerem também que uma das estratégias nutricionais utilizadas no tratamento da SOP é a dieta mediterrânea, conhecida por promover saúde devido ao consumo habitual de gorduras insaturadas, carboidratos de baixo índice glicêmico, fibras, vitaminas e antioxidantes além de quantidade reduzida de proteínas de origem animal. Possui também poder anti inflamatório devido ao alto consumo de gorduras poliinsaturadas como o ômega 3 e alimentos antioxidantes (MAHAN; STUMP; RAYMOND, 2018), como frutas, vegetais, nozes, sementes, cereais integrais, leguminosas, peixes, vinho tinto (com moderação) e azeite de oliva, enquanto minimiza o consumo de carne vermelha e açúcar.
Sobre a dieta mediterrânea, há evidências de que essa, está inversamente associada ao excesso de gordura, ao risco de diabetes mellitus tipo 2 e riscos de doenças cardiovasculares, podendo também ser considerada uma das melhores estratégias nutricionais no tratamento de mulheres com diagnóstico de SOP (BARREA et al., 2019).
Em outro estudo clínico randomizado controlado de 12 semanas, com 72 mulheres portadoras de SOP e com sobrepeso, buscou-se analisar os efeitos de dois padrões de dieta, a mediterrânea low carb (MED/LC) combinadas e a dieta low fat (LF) em pacientes portadoras da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Como resultados o estudo mostrou que a dieta MED/LC, teve maior eficácia em comparação com LF pois houve uma redução considerável dos indicadores de peso, IMC, circunferências da cintura (CC), recuperação do ciclo menstrual, sugerindo que a dieta MED/LC é um ótimo tratamento para pacientes com diagnóstico de SOP e com excesso de peso (MEI et al., 2022).

Alimentos ricos em antioxidantes reduzem a inflamação
Santos, Dourado e Andrade (2020), ressaltam em seu estudo que uma alimentação com um consumo maior de alimentos que são fontes de antioxidantes é importante para melhorar o estado inflamatório do corpo, além de prevenir agravos gerados pela resistência à insulina na SOP.
De acordo com o estudo de Kazemi et al., (2021), o uso de compostos antioxidantes vem sendo pesquisados como forma de reduzir a resistência à insulina e a inflamação crônica, demonstrando que os tratamentos não farmacológicos como a modificação do estilo de vida melhoram aspectos reprodutivos e reduzem riscos cardiovasculares, além de ajudar no tratamento da SOP. Polifenóis que estão presentes em vegetais e frutas possuem efeitos benefícios nessas complicações metabólicas, por serem potentes antioxidantes são protetores e tem efeitos terapêuticos controlando o estresse oxidativo, regulando citocinas e enzimas inflamatórias, melhorando as defesas antioxidantes reduzindo a inflamação celular.
Paoli et al., (2020), submeteram 14 mulheres com sobrepeso e SOP, a uma dieta mediterrânea cetogênica com redução de ingestão de carboidratos, onde após 12 semanas, foram observados reduções de peso corporal, IMC, gordura visceral, massa gorda, além de melhora em marcadores bioquímicos como HOMA-IR, insulina, glicose, triglicerídeos e colesterol, LDL juntamente com o aumento do HDL. Além disso, o estudo mostrou que os níveis de LH/FSH e testosterona livre tiveram seus valores reduzidos de estradiol, progesterona e SHBG aumentaram. Este estudo sugere que esta dieta pode ser um tratamento não farmacológico muito valioso para a SOP, seguindo uma dieta alimentar equilibrada com atenção a quantidade de carboidratos consumidos.
A dieta cetogênica e seus benefícios
Mais um estudo conduzido por Cincione et al. (2021), também avaliou os efeitos positivos da dieta cetogênica em 17 mulheres com obesidade e portadoras de SOP. Neste estudo foram considerados para a dieta os gostos e necessidades pessoais, mantendo o baixo consumo de carboidratos, com um protocolo de 45 dias, seguindo os critérios de uma dieta cetogênica com ingestão diária de proteínas com alto valor biológico como carnes, peixes e ovos. O resultado mais importante deste protocolo foi a resolução da irregularidade do ciclo menstrual. Das 17 pacientes com SOP que participaram do estudo, cinco pacientes recuperaram seu ciclo menstrual após período longos de amenorreia, 12 restauraram o ciclo menstrual e 5 pacientes conseguiram restabelecer a fertilidade com gravidez natural. Além disso, houve melhora em parâmetros bioquímicos como LH, FSH, SHBG, sensibilidade à insulina e o HOMA-IR, demonstrando avanços consideráveis após o estudo. Além disso, pode melhorar padrões antropométricos e metabólicos, sendo um aliado ao tratamento farmacológico.
Tem alguma dúvida ou sugestão? Deixe seu comentário aqui embaixo, será um prazer te ajudar! Vamos juntos conquistar mais saúde!
Referências:
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